“Todavia,
o meu justo viverá pela fé [RA]... Mas se uma pessoa voltar atrás, eu não
ficarei contente com ela. Nós não somos gente que volta atrás e se perde. Pelo
contrário, temos fé e somos salvos” [NTLH]
(Hebreus 10.38-39)
Há quase 500
anos atrás, um monge desconhecido desafiou a Igreja Católica Romana pela prática
da venda de indulgências. Por algumas moedas a compra de uma indulgência
concedida ao destinatário em instantes o perdão dos pecados com a promessa de escapar
do fogo refinador do "purgatório". O dinheiro levantado na venda de
salvação era usado para ajudar a construir a Catedral de São Pedro em Roma.
Martinho
Lutero foi o monge que ousou desafiar o arcebispo e papa. Lutero tinha estudado
cuidadosamente os Salmos e o livro de Romanos. Nos Salmos, ele começou a entender
que Deus perdoa os pecadores diretamente por sua misericórdia: “Feliz aquele
cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga! Feliz aquele que o SENHOR
Deus não acusa de fazer coisas más e não age com falsidade” (Salmo 32.1-2)
De seu
estudo sobre Romanos o pensamento de Lutero sobre o evangelho foi afiado. “O
Evangelho de Cristo é o poder de Deus para salvação de todo aquele que nele crê”....
O Evangelho cristão não foi encontrado na venda da salvação, mas no Filho Eterno
de Deus que tomou a forma humana para viver e morrer em favor dos pecadores.
Através da fé, pecadores recebem o perdão de Deus em abundância pela
misericórdia divina selada na cruz de Cristo (Romanos 1.16,17).
O jovem
Lutero afixou seus argumentos contra a venda de indulgências na porta da igreja
do castelo em sua cidade. Ele pretendia que suas "95 Teses" fossem utilizada
como base para um debate entre os religiosos locais. Suas teses foram lidas com
alegria ao pensar que um Monge alemão iria desafiar o papa de Roma. A Tese de nº
82 especialmente capta o sentimento das teses e o talento literário de Lutero: “Por
que o papa não livra duma só vez todas as almas do purgatório, movido pela
santíssima caridade e considerando a mais premente necessidade das mesmas,
havendo santa razão para tanto, quando, em troca de vil dinheiro para a
construção da basílica de São Pedro, livra inúmeras delas, logo por motivo
bastante infundado?”
Apoiadores
locais, copiaram as proposições de debate, e, graças à recém inventada imprensa,
cópias das teses de Lutero estavam em Roma dentro de três semanas, e em
Jerusalém dentro de três meses.
Mas não
foi a nova tecnologia em comunicação de massa que provocou a Reforma. Pelo
contrário, Deus é quem preparou os tempos e moldou um homem para a hora certa. Outros
homens fiéis foram chamados para a reforma da igreja, mas em Martinho Lutero a verdade
de Deus foi comunicada através da combinação de dons excepcionais de Lutero de
piedade, energia para aprender a Palavra e uma vontade e gênio literário indomáveis. O Senhor estava com
Lutero durante seus maiores desafios, e preservou-o como um campeão do
evangelho mesmo depois de um preço ser colocado sobre sua cabeça.
Pela graça
de Deus, Martinho Lutero viveu quase 30 anos após afixar suas 95 teses e ele
pode ver o crescimento e o sucesso da Reforma alemã. O que tinha começado como
a justa indignação de um homem com uma caneta e um martelo cresceu e se
transformou numa forte igreja na Alemanha, que crê na Bíblia e que se tornou o
modelo para todo o protestantismo.
A Reforma mudou o mundo e Bíblia mudou as pessoas. Hoje podemos dizer que temos uma grande dívida de gratidão por tudo o que se iniciou no dia 31 de outubro de 1517.
A Reforma mudou o mundo e Bíblia mudou as pessoas. Hoje podemos dizer que temos uma grande dívida de gratidão por tudo o que se iniciou no dia 31 de outubro de 1517.
Pastor Rafael Elmer Zimmermann
Bonito, MS
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