Prezados irmãos e irmãs. As redes sociais têm falado muito sobre a
decisão da Suprema Corte americana, legalizando o casamento civil entre pessoas
do mesmo sexo em todo o país. Paralelo a isso, movimentos dos grupos LGBT têm
se manifestado em nosso Brasil. Em meio a tudo isso, apareceu o nome
“luteranos” apoiando o casamento de pessoas do mesmo sexo. De fato, o nome
“luterano” não é exclusividade da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB).
Vários grupos têm se identificado como “luteranos”. Isso não quer dizer que
todos aqueles que usam esse nome têm as mesmas convicções, o mesmo ensinamento
e professam a mesma fé.
A IELB é contrária à homofobia, à
heterofobia e a todo tipo de preconceito. Deus ama o pecador e o ama de tal
maneira que, por causa dele, enviou o seu Filho Jesus Cristo ao mundo, para que
se arrependendo dos pecados e crendo nele, tenha a sua vida restaurada e seja
salvo. É nesse sentido que nós, firmados e fundamentados na Bíblia Sagrada,
continuamos ensinando, defendendo e praticando o matrimônio entre um homem e
uma mulher, conforme nos diz Gênesis 2.24: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e
se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Essas palavras são
repetidas e reforçadas por Jesus no Novo Testamento, em Mateus 19.1-9 e Marcos
10.1-12. Essa união tem seu fundamento e base na própria criação de Deus,
conforme Gênesis 1.27: “...homem e mulher os criou”, e conclui em Gênesis 1.31:
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” A obra de Deus foi
perfeita e foi criada para alegria e felicidade da sua criatura.
Então, por que a IELB não aprova o
casamento entre pessoas do mesmo sexo? Porque Deus os fez homem e mulher, e
assim os criou para se completarem e realizarem o plano divino da criação. Agir
de forma diferente é ir contra a criação perfeita de Deus, é ignorar os
desígnios de Deus, é desprezar o seu conhecimento, conforme ele afirma em
Romanos 1.18-32: “...as mulheres mudaram o modo natural de suas relações
íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens têm deixado
o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sexualidade,
cometendo torpeza, homem com homem, ...”.
Em 1 Coríntios 6.9 e 10, fala claramente que as pessoas que tais coisas
praticam não herdarão o reino de Deus. Por isso, quando perguntados a respeito,
apenas respondemos: “Não aceitamos o casamento entre pessoas do mesmo sexo
porque é contrário à vontade de Deus”.
Por isso, querida Igreja, busquemos a
ajuda de Deus para permanecermos sempre firmes e fiéis aos princípios da
Palavra de Deus. Não nos deixemos levar por vãs filosofias e ideologias
humanas, mas, sigamos o conselho do apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, em
2 Timóteo 4.1-5: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar
vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta,
quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias
cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à
verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as cousas,
suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu
ministério.” Que o Espírito Santo nos
capacite e fortaleça a vivermos e anunciarmos, sempre com amor, o que Deus tem
feito, em sua graça, por todos os pecadores.
Porto Alegre, RS, 01 de julho de 2015
Rev.
Egon Kopereck
Presidente
da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB)
www.ielb.org.br